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..........................e até pró ano!
O que é que mais lhe falta?
Em casa falta-me espaço, na vida falta-me tempo. E não posso dar remédio nem a uma coisa nem a outra.
Para a primeira sempre será mais fácil encontrar remédio…
Não é nada fácil. Ainda outro dia tive de arrumar e embalar 18 caixas que mandei para a aldeia, para a Quinta da Veiga, dos Carvalhais, da família da Maria Isabel.
Uma vez afirmou: «Cada vez sei menos o que o cinema é.» Continua a não saber?
Sim, no sentido de não haver uma fórmula exacta para o definir. Há coisas que eu penso que não se devem fazer e situações que me obrigam a fazê-lo. Como acontecerá com O Estranho Caso de Angélica, que será o meu próximo filme, se tiver meios para o realizar – a minha ideia é apresentá-lo em Cannes.
Esse é um seu projecto já antigo.
Era um projecto cuja história estava ligado aos judeus que fugiram de Hitler, e agora está ligado aos muçulmanos e ao terrorismo. [Resume a história, acentuando a perseguição dos judeus através dos séculos.]
Com esse argumento não deve ter problemas de dinheiro e de produção…
Alá o ouça.