Tinha a mania da perseguição.
E então no metro, de volta a casa
Quem estivesse com atenção
Era vê-la a sair da carruagem em que seguia
Para entrar logo no próximo vagão
Tal e qual uma obsessiva-compulsiva
Todos os dias sem excepção
Ela bisava todos estes passos
Até chegar à sua estação
Como a personagem de um qualquer filme de acção
Ela pensava que era assim
Que se baralhava um possível ladrão
E foi na noite em que pensou ouvir o dobrar de um sino
Que na última carruagem em que entrou
A maldita ironia do destino
Quis que ela se sentasse
Mesmo ao lado do seu assassino
MUAHAHAHAHAH...
8 comentários:
Ipsis Alan Poerbis.
muito bom :)
Caríssimo Moyle, fico contente por teres gostado. Eu também achei piada quando tive a ideia deste conto rimado, ontem no metro. E olha que nunca me deu para rimas.
E a comparação com o Allan Poe, foi para me deixares embevecida, aposto. :D Obrigada Allan Moyle (a minha é mais fraquinha, mas foi o que arranjei assim à pressa. Era isso ou uma mini-saia. :)
Imagino-te toda contente por ter arranjado uma rima... deve ter andado o dia todo a dizê-la a toda a gente!
Mas está fixe, está.
não é assim mais fraquinha. eu vi o weirdsville (só vi por ter achado piada ao nome do realizador) e o filme é muito porreiro mesmo. conta uma história engraçada, de forma despretensiosa, mas que te deixa a pensar que perdeste tempo a vê-la.
ui ui ui, tão injusto. queria dizer mesmo o contrário, isto é, que não te deixa a pensar que foi perda de tempo :)
johnny:
contente sim, o resto não foi nada assim que aconteceu.
Moyle:
ainda não vi esse filme, but soon... falaste-me dele há uns tempos atrás, mas só me ficou o nome do realizador na cabeça. :D
Moyle:
E eu que li exactamente o contrário do que tinhas escrito...
És como o Herberto Helder, "Uma vida com alguma ironia furibunda"
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