22 de abril de 2009

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“Ó glória de mandar, ó vã cobiça/Desta vaidade a quem chamamos fama.” (Camões) - apóstrofe/invocação


“Para os vales poderosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia cair e rolar.” (Eça de Queirós) - imagem


“…tão grande sandice é […] desprezar o estado das virtudes, e escolher o estado dos pecados, como seria se algum quisesse passar algum rio perigoso e tormentoso e achasse duas barcas: uma forte e segura e mui bem aparelhada, e em que raramente algum se perde, […] e outra velha, fraca, podre, rota em que todos se perdem, e alguns poucos se salvam”. (D.Duarte) - alegoria


"(...) e a Mãe Vilaça, abriu-lhe uns grandes braços amigos cheia de exclamações". (Eça de Queirós) - hipálage


“E crescer e saber e ser e haver/ E perder e sofrer e ter terror.” (Vinicius de Morais) - polissíndeto


"O Dantas fez uma Sóror Mariana que tanto podia ser como a Sóror Inês, ou a Inês de Castro, ou a Leonor Teles, ou o Mestre de Avis, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz!" (Almada Negreiros) - enumeração


"Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo; /Eu choro, eu desespero (...)" (Bocage) - gradação


"À barca, à barca, oulá! que temos gentil maré!" (Gil Vicente) - elipse


“Tenho estado doente. Primeiramente, estômago – e depois, um incómodo, um abcesso naquele sítio em que se levam os pontapés…” (Eça de Queirós) - perífrase



todas as fotos foram retiradas daqui.

28 comentários:

afectado disse...

coiso.

ipsis verbis disse...

afectado,

recoiso.

Moyle disse...

trecoiso e não se fala mais nisso?

[não percebi um anús do penúltimo comentário dois posts abaixo mas está altamente:)]

ipsis verbis disse...

Moyle,

e não se fala mais nisso. :)

[eu também fiquei a pensar que o coyote tinha um irmão, mas afinal, não era isso. afinal houve quem se tenha sentido ofendido por se ter falado em "neurotransmissores", (uns quantos comentários antes desse) e o resultado dessa má interpretação deu origem a isto]

:S

LBJ disse...

Lindo ;) Mais palavras para quê?

ipsis verbis disse...

LBJ,

Obrigada :) pergunta de retórica, certo? :)

Moyle disse...

ipsis,

é tudo muito bonito [e estúpido - sejamos generosos com o direito à opinião que é para isso que serve] mas eu não consigo ler o post porque diz-me que está protegido por password :(

ipsis verbis disse...

Moyle,

eu diria que é tudo muito engraçado, e estúpido, vá.

Moyle disse...

sim, é mais engraçado que bonito,mas no estúpido não se mexe porque estraga :)

ipsis verbis disse...

e se estraga, pois... é uma merda.

Moyle disse...

precisamente e nós queremos cá merdas, certo?

[é de retórica :D]

ipsis verbis disse...

ah, bolas... logo agora que ia responder! :P

Moyle disse...

ahahaha

bem, foram muitas emoções para um só dia e já estou em sofrimento. vou ali cometer eutanásia sonífera para ver se ressuscito amanhã em melhor forma :)

see ya

ipsis verbis disse...

bom descanso e olha, coiso. :)


bye-bye apple pie

afectado disse...

Vocês fazem trinta por um coiso. Ou um coiso por uma linha?

Nem sei. Olha, coiso.

Coisemos então.

ipsis verbis disse...

eu faço o que me apetecer com linhas e por falar nisso, tenho que fazer o download do photoshop! P) - isto parece um pirata, não parece? é que tem pala e tudo ahahahaha.

:)

coisemos!

afectado disse...

não. só se for a pala nos dois olhos. mas aí o que vê o pirata? nada, nem que lhe ponhas um boi à frente dos olhos!

eu coiso
tu coisas
ele coisa
nós coisamos
vós coisais
eles coisam

ipsis verbis disse...

B) assim deixa de ser um pirata para ser o batman! hahahah

com um boi à frente, nem precisamos de ver, o cheiro deve bastar para sabermos que ele lá está. (digo eu)

coisices...

afectado disse...

Sempre gostei mais do batman do que de piratas. Mas gosto ainda mais do pato donald!

e como saberias se era boi ou vaca só pelo cheiro? não me digas que ias às apalpadelas?

por falar nisso, lembrei-me agora, quando era mais novato estava a jogar futebol com os meus primos num campo e tivemos que fugir de uma vaca. já não me lembrava disto. que giro. agora lembro-me dela a fazer mmuuuuuuuu

enfim, coisas de coisos coisados.

ipsis verbis disse...

Eu gosto mais do coyote. Mas é melhor nem ir por aí...

pois, não saberia. não ia nada às apalpadelas, que ainda era corrida a coiçe! ahahaha

ahahah, as coisas que nós coiso.

afectado disse...

eu é mais o bip bip.

coiso final.

ipsis verbis disse...

cada um com a sua. :)

coiso parágrafo

dolfinX disse...

Passo a explicar:
sra. moyle, o post está protegido, pq estava a levar muita gente a ler o que se passava aqui, e a sra. ipsis verbis deve ter tido uma amnésia, sabe que eu protejo certos posts, como ja fiz no passado com ela.
nao houve confusao nenhuma com neurotransmissores, não minta; para além disso estamos aqui perante um caso peremptório de desvirtuamento de uma obra. não tenho culpa que não saiba ler uma creative commons licence que está no meu blog: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt. Foi isso que escrevi aqui, que aquele post tinha sido uma ideia recauchutada do mu blog; já o afectado se tinha queixado que não coloca aqui links para o que ele divulga, a srq. trata-se de uma reincidente.

Finalmente, gostava que me dissesse essas coisas e todas as outras na cara, se não é covarde, num café qualquer em Lisboa, ou no sítio adequado.

Passar bem.

dolfinX disse...

P.S. cumprimentos para a foxy lady.
Em boa hora denunciei e desmantelei uma coisa chamada motoconas de marte. Não confundam liberddade de expressão com libertinagem, q foi o q se passou aqui e o q se passou lá. Nós vivemos em democracia, e temos de respeitar as regras que nos regem, e isto td é td menos respeito, nomeadamente do C. Penal, Civil e do de Dtos. de Autor...

afectado disse...

dolphin aka golfinho, vamos por partes. Começo pela parte em que sou chamado ao assunto. Eu nunca me queixei de nada disso neste blog. Repetindo, NUNCA. Ou estás a dizer isso por má fé, ou então a tua interpretação do meu português foi manifestamente fraca. De qualquer modo fica desmentida essa afirmação para que não hajam dúvidas de pessoas menos atentas ou menos perspicazes.

Agora vou meter a minha colherada no assunto, sendo que se a Ipsis achar inconveniente que eu o faça, poderá eliminar a minha opinião.

Na blogosfera actualmente há uma epidemia de acusações de plágios e de violações de direitos de autor que até me arrepia. A maior parte das pessoas que acusa/insinua isso, nem sabe ao certo o que são os direito de autor. Supondo que no teu caso sabes, pergunto se achas mesmo que num tribunal alguma vez conseguirias que um juiz condenasse a Ipsis por violar direitos de autor no caso que indicas?? Please...

Quanto ao resto, não me vou pronunciar pormenorizadamente, mas acho que estás claramente a exagerar. Como nota final, e já que gostas muito de falar de leis, vê lá se a ipsis se sente ofendida por lhe chamares sra. moyle e te processa por isso.

PS: A blogosfera é de facto esquisita. Há pessoas que não lhe chegam os problemas que todos temos no dia-a-dia e ainda vêm para a blogosfera procurar discussões e chatices gratuitamente.

dolfinX disse...

Afectado, deve ter sido mesmo má interpretação e defeito das lentes, peço desculpa: "são 100 euros pela informação :) 100 euros de cada um, claro!" Eu sei reconhecer quando erro.

Não coloques palavras no que eu não escrevi: tribunal? Eu referi-me a uma creative commons licence, reconhecida internacionalmente.

Afectado, sra. é uma questão de respeito; ser processado por respeito?, ao contrário do desrespeito que tenho encontrado aqui nestas caixas de comentários e noutros sítios. Please, gimme a break, agora, tu que, ou sabes a estória toda, ou nem uma palavra devia ser tecida, peço desculpa.

Meu caro, quando a blogosfera e a internet atingem a imagem, a honra, a dignidade das pessoas passa para essa vida pessoal, e aqui ninguém é esquizofrénico, bicéfalo, ou borderline, para essa estória de de ter duas vidas; a minha vida é só uma, não é uma real e uma fictícia; o meu nome está nos meus blogues. Temos pena que haja pessoas que AINDA pensem e ajam assim. Sabes que, apesar dos famosos nicks, o Blogger, as instituições, muitaos mais, por questões de segurança, sabem quem nós somos na realidade. Não me fales nessa dualidade surreal, ainda qd o que vem aí da UE vai terminar de vez com essa ficção meramente aparente.

Agora escrevo eu: queres continuar esta discussão sem perturbar estas sras, deixa esta caixa, e escreve-me uns mails que eu troco ctg, ou criamos já um blog.

dolfinX disse...

P.S. Esqueça o meu último parágrafo, caríssimo sr; fique com as duas bicicletas, que eu já tenho a minha, e vice-versa.

Um passar-bem e desejos de boa vida a tod@s.

P.S. caríssimo sr. essas discussões que fala que ocorrem na blogosfera já ocorrem há 5 anos, e participei em todas nelas, onde se chegaram às conclusões nos posts onde tenho colocado os links. Temos pena que não tenha estado cá, era capaz de ter contribuido para evitar a criação de um provedor, criar doutrina que ja foi usada em tribunais...

enfim... fique com as duas bicicletas, que já tenho a minha.

afectado disse...

Caríssimo, não temos pena de não ter estado aí (o tal "cá"). Provavelmente nessa altura estava em sitio melhor. Ou então não, é que houve uma altura que andei de diarreia e não foi nada bonito.

No entanto participei em algumas (muito poucas confesso) e por isso estou em condições de dizer que não dizes a verdade quando dizes que tiveste em todas. E agora, a pièce de résistance: nunca mais será possível teres estado em todas pois uma ou outra a que eu assisti e tu não estavas, já foram apagadas. Deixa lá, não perdes nada, é um assunto enfastiante e que, pelo menos a mim, dá algum sono. Uma seca portanto.

Essa das bicicletas foi muito gira. Fez-me lembrar os primeiros anos da minha adolescência quando se terminavam argumentações com "fica com a bicicleta", ou então com "ná ná ná ná nááá". Sou um saudosista.

PS: Um conselho, não de amigo (que não o sou de toda gente), mas de boa pessoa (que o sou): não leves a blogosfera tão a sério... vais ver que te chateias menos e te divertes muito mais.