30 de abril de 2009


Tenho por hábito vários hábitos e rotinas.
(sou portanto previsível com pequenos tiques de obsessiva-compulsiva que pensa não se dar bem com imprevistos e essas coisas inopinadas - manias)

Bem... Nesta lista de coisas costumeiras, destaco os sítios habituais onde vou ao final do dia tomar café ou beber um copo. (tenho 2 destes)

Lá, sinto-me confortável porque já conheço o espaço como se do prolongamento da minha sala se tratasse, (com música e decoração parecida) e com a rotina, quem lá trabalha já sabe do que gosto, quase como um prolongamento também dos meus amigos. Mas neste caso, limitados pelo o que o mesmo espaço oferece.
E sinto-me bem com esta (pouca) familiaridade. [Apesar de até achar engraçada a ideia (que muitas vezes é passada pelos filmes/séries - lembro-me do "Cheers") de falar de tudo com os "nossos" bartenders, (falta-me esta palavra em português) durante uma bebida ou duas. ]
O problema, (porque levanta dúvidas e é difícil de resolver sem calculadora) apenas aparece quando levamos pela primeira vez uma amiga a um desses sítios, e essa mesma novidade, provoca alguma alteração no comportamento dos acostumados intervenientes. (mas confesso que a partir de hoje, já espero qualquer coisa...)

(ele para a S.)
- está sentada ao lado de uma cliente habitué desta casa. E qualquer dia esta menina ganha o prémio de melhor cliente habitual.


(eu)

- ai é? que prémio?


(ele para mim)

- sair comigo para bebermos um café noutro sítio.


(eu)
- ...


ps: a conversa acabou assim. o gajo ainda voltou à nossa mesa mais uma vez, mas apenas para dar o troco da S.
O "boa noite e até amanhã ", foi a última frase que nos disse...


(já não ouvia isto há algum tempo e o café de hoje teve esta banda sonora. aqui em baixo: early to bed e ali em cima, no lado direito: like swimming - ambas de morphine do álbum like swimming de 1997)



hasta mañana

6 comentários:

Moyle disse...

e não ficaste logo em pulgas para ir tomar café com o mister?

ipsis verbis disse...

nop. :)

Moyle disse...

oooooohhhhhhhh, coitadinho do senhor. deve estar tão destroçado. sua insensível.

ipsis verbis disse...

porque haveria de estar o "senhor" destroçado? até agora, ainda não me pediu nada.

Moyle disse...

mas fez um avançozinho à sua maneira :)

b.vilão disse...

Não só nada pediu como a Ipsis nada respondeu. Limitou-se a ficar em silêncio. E o silêncio tem a capacidade de gerar uma total abertura de interpretações livres. Normalmente, os egos inflamados depreendem os sinais de forma verdadeiramente impressionante...